Amar e ser amado...

(A minha mulher em Londres, há uns (poucos) anos)

Sobre o dia dos namorados - para mim, são todos os dias - o casamento, o estar perto de alguém que, afortunadamente, nos escolhe para passar a sua vida connosco (eu, por exemplo, tenho uma sorte do caraças tenho uma mulher que me escolheu, entre vários pretendentes, e me apoia sempre mesmo naqueles momentos em que eu próprio não me suporto).

Amar e ser amado, estar casado, estar apaixonado, ser feliz não podem ser - como o são, por estes dias - motivo de vergonha ou troça, no meu caso, estou-me perfeitamente "nas tintas" para o que possam os outros pensar ou dizer em relação ao que escrevo ou digo sobre o meu amor/relação com a C. porque, como diz o escritor, sobre os casais felizes «Depressa percebemos que estão a rir-se juntos, de uma coisa a que só eles acham graça, que é rirem-se os dois de uma mesma coisa.»

Deixo-vos um extracto de uma crónica que, há anos, Miguel Esteves Cardoso escreveu sobre o casamento com a "sua" Maria João, o texto é lindo, assim como é linda esta sensação de amar e ser amado ...

«Casar é o que acontece quando duas pessoas descobrem que, por estarem a fazer ou terem feito uma coisa grande ou pequena, são as duas únicas pessoas no mundo. Todas as outras pessoas não podem fazer parte daquele prazer. Aquele prazer só é possível para duas pessoas concretas: ela e eu.

À nossa volta casavam-se muitas outras pessoas, casando-se mais por nós estarmos de fora, juntamente com todas as outras. Às vezes somos nós os espectadores. Vemos outras pessoas a casarem-se: um homem a rir-se leva uma mulher a rir-se nos braços pelo mar adentro e não a deixa cair até ela pedir. Há cuidado, medo de desiludir, protecção, ternura e vontade de agradar. Depressa percebemos que estão a rir-se juntos, de uma coisa a que só eles acham graça, que é rirem-se os dois de uma mesma coisa.»

MEC

Boa semana para todos!