Vá lá, finta, Chalana...
Esta é a história de um miúdo que com 6 anos viu, pela primeira vez, ao vivo o seu ídolo, chorou de emoção ao ouvir o seu nome e a vê-lo jogar, baseada na minha memória, naquilo que recordo. O local era o Estádio dos Barreiros, a época futebolística é a de 77/78, o Marítimo (clube do qual o miúdo foi sócio durante 24 anos) defrontava o Sport Lisboa e Benfica, o "seu" Benfica, o Benfica que ele apenas ouvia na rádio, nos relatos da Antena 1 Desporto, o Benfica do Bento, do Pietra, do Alberto, do Humberto Coelho, do Shéu, do Eurico, do Basto Lopes, do Toni, do Zé Luís, do Vítor Baptista, do Nené e do Fernando Chalana, aquele que ele gostava de personificar quando joga com os amigos à bola (isto é, nos raros momentos em que os meus pais me deixavam ir a rua brincar com os outros miúdos). O "pequeno génio" como o chamavam estava ali, a uns metros do miúdo, e deambulava com a camisola do Glorioso no relvado do estádio a que ele ia, religiosamente, domingo si...