Crónica de uma morte anunciada...

Em Portugal, sacrifica-se tudo ao fogo: homens e mulheres, animais, diversidade ambiental, e, sobretudo, queima-se o futuro. Já não há explicações, nem relatórios, que extingam o fogo que consumiu o país e, sobretudo, a sua (nossa) alma.

Era previsível o que aconteceu nestes dias, bastava ler o relatório do IPMA, dos primeiros dias de Outubro, para perceber o barril de pólvora em que estávamos metidos (81% do território estava em seca severa e 7,4% em seca extrema).

Podem agora buscar-se culpados, perguntar-se pelas conclusões do relatório de Pedrógão Grande, mas isso não resolve o essencial.

Quando o pinhal de Leiria arde, só sobra uma questão: como é possível tanta incúria, desorganização e incompetência?

O calor e o vento não explicam tudo.

No meio da terra queimada (e da política que a permitiu há décadas), só resta uma solução, criar uma política de prevenção séria, corpos profissionais de sapadores e bombeiros e uma estrutura única de comando, agora que a MAI foi para férias (definitivas) espera-se do 1º Ministro de Portugal que assuma as suas responsabilidades ficando no ar a questão:

Saberá fazê-lo?


E sobre os incêndios não me pronuncio mais.

Comentários

  1. Hoje foi a minha vez de perorar acerca do assunto.
    Espero que o meu amigo Eduardo Cabrita tenha sorte.
    Capacidade eu sei que tem.
    Aquele abraço

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  2. Aquele abraço, bfds para si e as princesas

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