Regresso à Subsidio-dependência...
Regressou o subsídio que permite que os trabalhadores e familiares da CP e empresas do grupo (CP Carga e EMEF) poderem viajar gratuitamente nos seus comboios, regalia que tinha sido suspensa no contexto das medidas de austeridade, em 2013.
Os felizes contemplados são os trabalhadores, actuais e reformados, respectivos cônjuges e filhos até aos 25 anos, e gozam dessa benesse desde o passado dia 01 de Janeiro.
Conforme opina, e eu acompanho tal pensamento, Ana Paula Azevedo, no semanário "Sol", será que «(...) alguém compreenderia que os funcionários judiciais, juízes e respectivos descendentes tivessem isenção de custas judiciais?
Ou se nos hospitais os filhos e cônjuges de enfermeiros, médicos e auxiliares não pagassem taxas moderadoras?
E se as propinas nas universidades fossem grátis para os familiares dos professores ou se os dos funcionários do Fisco tivessem descontos no IRS?
Se a CP fosse de privados, ninguém tinha que ver com as regalias dadas aos seus trabalhadores.»
Porém, a CP é uma empresa deficitária, segundo as previsões do Ministério das Finanças, irão ser injectados na empresa - só este ano - qualquer coisa como 600 milhões de euros.
Na noite de Ano Novo em que na CP se festejava a recuperação desta regalia, no Metro de Lisboa, algumas ligações ficaram paradas porque 50 maquinistas faltaram ao trabalho, segundo a própria empresa.
E, nesse mesmo dia, o Conselho de Ministros aprovou a anulação dos concursos de concessão a privados da gestão das empresas Carris/Metro/Transtejo de Lisboa e Metropolitano do Porto/STCP, invocando uma mudança de estratégia política, de valorização dos utentes, trabalhadores e das referidas empresas.
Não sei se sou eu que ando amargo neste início de ano, mas sinto ainda maior fel na boca quando vejo se deitar pela "janela fora", no espaço de um mês, o trabalho e o esforço do povo português ao longo quatro anos, colocando-nos, mais tarde ou mais cedo, à mercê de nova intervenção externa.
Oxalá esteja enganado...
Não sei bem o que pensar, tenho esperança de que algo melhore.
ResponderEliminarÀ partida quando soube do regresso do subsídio que permite aos trabalhadores e familiares viajarem gratuitamente não me pareceu mal por pensar que os seus vencimentos não são altos, pensando agora como reagiria a aplicação de um subsídio semelhante a outros profissionais pareceu-me estranho.
uma boa semana e um beijinho
Gábi
Como comentei no Facebook, o apoio do PCP tem custos, Ricardo.
ResponderEliminarEstes feudos do PCP têm que ser mimados.
Se António Costa não percebeu isso é muito ingénuo.
Aquele abraço