A família que parte...



(Luciano Pavarotti: E lucevan le stelle)

Aos poucos vemos partir pessoas que, de uma maneira ou outra, estiveram ligados à nossa existência desde o momento que nascemos, pessoas que não sendo de grande afirmação afectiva, tiveram o seu lugar no nosso crescimento e na nossa forma de enfrentar a vida (nem que fosse para fazê-lo de forma diametralmente oposta àquela que foi sempre seguida pela família).

Ontem, partiu mais uma dessas pessoas simples que me habituei a ver sempre ao lado de minha Avó Paterna (que a "adoptou" como filha depois de com 5 anos ter ficado orfã), alguém que era de uma fidelidade "canina" à "Tia" (minha Avó), que era "pau para toda a obra", com a qual não era particularmente próximo (mas, por ironia do destino, foi eu que tratei do funeral), na qual os "próximos" (agora convenientemente distantes) delegavam tarefas atrás de tarefas e nem obrigado diziam.

Digo eu, obrigado por tudo, Ilda, mesmo que nunca lhe tenha pedido nada, obrigado por ser a "sombra" da minha Avó (que eu tanto amava), obrigado por acompanhar a minha Mãe às "Missas do Galo" quando nós (geralmente, eu e o meu Pai) não tínhamos vontade de o fazer...

Até um dia! 

Comentários

  1. Os meus sentidos pêsames, Ricardo.
    Todos deixam saudades mas uns muito mais que outros.
    Que Deus a ilumine.
    Aquele abraço.

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  2. Então era isso que o andava a atormentar, meu caro.
    Já tinha percebido que havia qualquer problema consigo.
    Agora percebo.
    Que a Ilda repouse em paz.
    Para si, meu caro, um grande abraço solidário, extensível à restante família.

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  3. Sei muito bem do que falas, dói para caramba e recebe um abraço enorme!
    Que descanse em paz!

    Beijocas

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