Habemus Papam



«O novo líder da Igreja católica é o cardeal-arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa oriundo da América Latina.

É também o primeiro jesuíta a tornar-se papa, o 266.º da história.Bergoglio, que será conhecido como papa Francisco I, é um intelectual jesuíta, que viaja de autocarro e tem uma visão prática da pobreza: quando foi nomeado cardeal, conveceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma, de acordo com um pequeno perfil publicado pelo jornal inglês The Guardian.

Em vez de irem ao Vaticano celebrar a nomeação, Bergoglio pediu que dessem o dinheiro da viagem aos pobres.

Foi um dos mais ferozes opositores à decisão das autoridades argentinas de legalizar o casamento homossexual em 2010, argumentando que as "crianças precisam de ter o direito a ser criadas e educadas por um pai e uma mãe".

No entanto, de acordo com o The Guardian, é um moderado, tendo recebido a dignidade cardinalícia de João Paulo II, a 21 de fevereiro de 2001.

O novo papa é um reconhecido adepto de futebol e manifestou por diversas ocasiões ser um seguidor do San Lorenzo de Almagro, clube fundado pelo padre Lorenzo Massa em 1908, tendo celebrado mesmo a eucaristia que assinaloou os cem anos do clube.

Nasceu a 17 de dezembro de 1936, na capital argentina e foi ordenado a 13 de dezembro de 1969, durante os estudos na Faculdade de Teologia do colégio de São José, em São Miguel de Tucuman (norte da Argentina).

Em 1969, viajou para Espanha, onde cumpriu o seu terceiro período de preparação sacerdotal na Universidade de Alcalá de Henares, em Madrid.

A docência desempenhou um papel muito importante na biografia do cardeal Bergoglio, já que ensinou em vários colégios, seminários e faculdades.



Em 1972, regressou à Argentina para ser professor de noviços na localidade de São Miguel de Tucuman.

Em 1980-1986, desempenhou as funções de reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de São Miguel.

Concluiu o doutoramento na Alemanha, e foi também confessor e director espiritual da Companhia de Jesus, em Córdova (Espanha).

A nomeação como bispo aconteceu a 20 de maio de 1992, quando João Paulo II lhe confiou a diocese de Auca e o tornou bispo auxiliar da diocese de Buenos Aires.

Cinco anos mais tarde, em 1997, foi nomeado arcebispo co-auditor de Buenos Aires e em 1998, depois da morte do arcebispo e cardeal Quarracino, subiu a arcebispo da capital argentina.

O cardeal argentino integrava a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, do Conselho pontifício para a Família e a Comissão Pontifícia para a América Latina.

Foi presidente da conferência de bispos na Argentina, entre 08 de Novembro de 2005 e 08 de Novembro de 2011.

A eleição, após a histórica renúncia de Bento XVI no mês passado, foi alcançada após cinco votações, no quinto dia do conclave.

O pontificado de Bento XVI foi marcado por escândalos e o novo papa vai encarar desafios imediatos: impor a sua autoridade à máquina burocrática e institucional do Vaticano, e tentar recuperar os fiéis que a Igreja tem vindo a perder nos últimos tempos.

Depois do escândalo da fuga de documentos confidenciais do papa, "Vatileaks", e do relatório sobre estes acontecimentos - redigido por três cardeais e que será dado a conhecer ao novo papa -, Bento XVI anunciou, a 11 de Fevereiro, e para surpresa geral, a renúncia devido à idade avançada.

Primeiro líder da Igreja Católica a renunciar desde a Idade Média, o papa emérito abandonou o Vaticano a 28 de Fevereiro, deixando um decreto que autorizava os cardeais a antecipar a data do conclave.»

Que Deus Abençoe o novo Papa Francisco I  são estes os meus votos !

Comentários

  1. Não vai ser fácil mas talvez consiga atualizar minimamente a Igreja...

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  2. Veremos se o 'sistema' - sim, no Vaticano também há uma coisa dessas - não lhe altera o que de bom tem mostrado.

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  3. Ricardo,
    Insisto - é um Bento XVII, com a preocupação de dar uma imagem de maior probidade da Igreja.
    Só isso.
    Aquele abraço e votos de bom fim-de-semana para si e família!

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  4. O mundo é que precisa de ser actualizado. Longa vida ao Papa Francisco!

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