Elogios...

Nada mais verdadeiro...

«(...) elogiar directamente uma criança é erradíssimo e só dá cabo da nossa credibilidade. Os pais não devem arriscar neste campo. Devemos encorajá-los, motivá-los, animá-los, etc. Agora, elogiá-los directamente, nunca. Não temos jeito nenhum para a coisa. Para os elogiar e revelar a importância que eles têm, temos mesmo de o fazer indirectamente. Temos de arranjar um interlocutor.

Nós, pais, temos imensas preocupações com a auto-estima dos nossos filhos. E com razão: até muito tarde, a auto-estima deles depende unicamente de nós. Depende do que eles acham que nós achamos deles. Se lhes passa pela cabeça que a expectativa e o retrato que fazemos deles não é o real, está tudo estragado. E como nós já arrasámos a nossa credibilidade à conta da enorme quantidade de elogios parvos que lhes fizemos, só fazendo notícia deles é que conseguimos pontuar na auto-estima dos nossos filhos.»

Inês Teotónio Pereira, in "I"

Eis uma máxima que sempre sigo!

Comentários

  1. Não elogiar os nossos filhos?
    Porquê?
    Se os pais não elogiam os filhos, não lhes reconhecem e valorizam o mérito, o que é que os filhos vão pensar?
    Que não estão a corresponder às expectativas dos pais?
    Acho que não é isso que se quer.
    Sinceramente, não consigo perceber a ideia.

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  2. Pedro,

    já sabia que o meu amigo iria ser assolado por essas dúvidas, como tal, preparei a resposta! :))))

    Em primeiro lugar, os elogios velados às nossas crianças, na sua presença, podem (em meu entender) levar a um "baixar da guarda" e a um "relaxe" que não é positivo para a sua evolução.

    Em segundo lugar, quando acho, sinceramente, que os devemos encorajar, motivar ou "puxá-los para cima" em momentos menos positivos, mas o elogio fácil, não irá preparar para as agruras da vida, meu amigo.

    Em terceiro lugar,detesto ver aqueles pais que idolatrizam um filho em detrimento do(s) outro(s) acho isso péssimo, mas é o que demais há por ai.

    Cada caso é um caso, cada pai/mãe tem a sua perspectiva de educação e eu, apenas, referi que me revejo neste texto, aliás, foi assim que fui educado, isto é, na base do encorajamento/motivação o que me (nos) levou a bons resultados, Pedro!

    Sei que os meus Pais tem orgulho em mim e no meu irmão, como sei que as minhas filhas sabem que nós (eu e a minha mulher)temos orgulho nelas e manifesta-mo-lo, nas formas mais subtis possíveis.

    Grande abraço, Pedro, e espero que tenha ajuda a esclarecer o meu ponto de vista!!!!

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  3. Não sou mãe, mas também fiquei a pensar como o Pedro... Não elogiar porquê?
    No entanto concordo também com a resposta que deu ao Pedro. Confuso? Talvez eu mesma esteja confusa, acho que como tudo deve haver média medida, não deve haver elogios falsos ou exagerados, contudo, penso que um elogio no momento certo não faça mal a ninguém.

    Mas... Quando eu for mãe um dia, e se ainda nos falarmos (espero que sim :D) depois falamos nestas minhas perspectivas :)

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