Acho que...


Mais, acho que estou a viver no século errado, mas o que me conforta é que "somos poucos, mas bons"!

De facto, cada vez mais, o respeito esfuma-se pela falta de sentido de oportunidade, pelo ridículo das situações, enfim, falta muito a muita gente e, sinto, que esta falha está a aumentar. 

Hoje, pela manhã, bateram à porta do meu gabinete - vá, isso ainda não se esqueceram de fazer - para me apresentarem um novo estagiário do departamento de informática, um "miúdo" com t-shirt fora das calças, como se fosse para a praia, despenteado, barba, ou melhor, pentelhos por fazer, sempre com um sorriso "pateta" na cara, enfim, tudo o que não se espera de alguém que deve impressionar num putativo local de trabalho.

O "puto" até pode ser um crânio da informática - duvido, mas dou o beneficio da dúvida - mas, será que ninguém lhe disse que para se apresentar no local de trabalho deve fazê-lo de forma asseada, vestir-se decentemente, e  - no mínimo - olhar nos olhos de quem está a ser apresentado e dizer as palavras mágicas : "Muito prazer em conhecê-lo(a)". Caramba, é que é o mínimo que se pede, não é muito, mas para alguns espécimes da "nova geração" parece ser quase tão difícil como  escalar o Everest.

Recordo-me, bem, do dia em que pela primeira vez comecei a trabalhar, do blazer azul escuro que vestia, em conjunto com a gravata azul com umas listas finas amarelas, camisa branca, calça cinzenta e sapatos, impecavelmente, engraxados, tal qual este "puto", passados 16 anos deste o meu primeiro de trabalho - se apresentou.

E viva a descontracção, não é verdade? Mas, também, quem me manda ser "old-fashion"!

Comentários

  1. Bolas, Ricardo!?!?!?

    Você queria que o trabalhador se sentisse traumatizado?

    Não. Está mal.
    Fez ele muito bem.

    Mal despido? Óbviamente sim.
    Despenteado? Mas ele não ia apresentar-se ao serviço? Não podia ser de outra forma.
    Barba por fazer? É moda.

    Ricardo, nós é que estamos démodé...

    O crânio da informática vai fazer-lhe uma surpresa. Demonstrar que sabe quem foi o primeiro rei de Portugal.

    Aquele abraço e votos de ... paciência.

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    Respostas
    1. Pois é, paciência em doses...industriais!

      Abraço

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  2. Concordo com tudo o que escreveu.
    Por vezes também penso, se não estarei a viver no século errado.
    Espere pelo dia de amanhã, e se ele continuar a ir assi, como se fosse para a praia, diga-lhe. Pode ser que ninguém lhe tenha ensinado como se vestir para trabalhar.
    Daqui a meio ano, ainda se irão rir deste dia, ehehehe
    Beijinhos

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  3. Ricardo,
    Plural, estamos.
    Houve um tipo que me veio responder, num Auto de Declarações em processo disciplinar, em fato de treino.
    E eu perguntei-lhe se ele estava habituado a fazer jogging de fato e gravata.
    Há que perceber que, no local de trabalho, sobretudo quando há atendimento público, há indumentárias que não são apropriadas.
    E comportamentos que são inadmissíveis.
    Abraço

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  4. Como diz o ditado: mudam-se os tempos, mudam-se os ventos. Se não nos adaptarmos, acabamos por ficar para trás...

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