Uma esquerda intolerante...
Vivo num País em que a chamada Esquerda, em termos ideológicos, se arroga como dona e senhora da liberdade, da igualdade entre os cidadãos, dos direitos dos trabalhadores, enfim, se não fossem eles seriamos pouco mais que escravos privados de toda e qualquer assistência social.
Neste País, sou fascista pelos seguintes motivos :
- Porque sou católico
- Prezo a vida numa família dita convencional, isto é, sou contra o casamento e adopção homossexual
- Porque quero trabalhar em dia de greve
- Por achar que tendo direitos também tenho deveres
- Porque acho que devemos ser competitivos e competentes para conseguirmos atingir o sucesso
- Porque acho que os sacrifícios devem ser repartidos por toda a população e não apenas por parte dela.
Eis as razões do meu fascismo ser trabalhador, cumprir com os meus deveres perante a sociedade, ser um homem de e para a família, ser honesto e, também, porque não conceber que uma criança possa ser criada por pessoas do mesmo sexo com a mesma "normalidade" que o faz um casal heterossexual.
Posto isto, resta-me acrescentar que quem é intolerante e cego são aqueles que promovem Greves Gerais, em tempos de crise, que em nada contribuem para o crescimento do País.
E o intolerante sou eu?
Pois é, Ricardo.
ResponderEliminarPor causa desses "defeitos" todos é que eu vi o exército e a polícia entrar em minha casa, levar o meu pai, ser sovado o padre que estava a jantar lá em casa, a minha mãe abortar um bebé.
Tinha 10 anos, não guardo rancor ou ódio.
Mas, não sou hipócrita, também não esqueço.
Aquele abraço e bom fim-de-semana para si e família, Ricardo
Pois, Pedro, isso faz tudo parte de uma alucinação que você e a sua família sofreram...bem como muitos outros portugueses.
EliminarMas, note-se, não foi derramada uma gota de sangue na dita Revolução do dia 25 de Abril de 1974!
Abraço e bom fim de semana para e para as princesas!
Brutal!! Nem mais, amigo! Se me permite, vou copiar esse seu texto (e explicitarei a fonte, como é óbvio).
ResponderEliminarAbraço.
À vontade, FireHead, leve à vontade!
EliminarAbraço e bom fim de semana!
É verdade! Simples e directo, subscrevo!*
ResponderEliminarBom fim de semana
Catarina,
Eliminarhá quem ache o contrário e eu respeito as opiniões contrárias às minhas, mas esta é a que acho mais correta.
Bom fim de semana!
Estimo que mantenha seu emprego, seu casamento, sua família convencional e bem unida (nunca se sabe o que nos reserva a vida) e que seus direitos não sejam reduzidos pelo futuro-novo código do trabalho já que os deveres lhe estão a ser aumentados. Quanto à produtividade, falarei nisso mais tarde...
ResponderEliminarE sim, acho que a intolerância está do seu lado.
É a sua opinião, Rogério, e respeito-a, nada mais!
EliminarBom fim de semana!
Sabe Rogério, não querendo, que me interprete mal, faço parte da chamada geração à rasca, mas não me sinto parte dela.
EliminarQuando acabei o curso, meti-me à estrada e fui trabalhar para Faro, sabe de onde sou? Bem do norte, nunca nunca me queixei! Sempre me achei sortuda por ter trabalho na minha área e um espírito lutador que não me permite baixar os braços! Um espírito lutador, que me faz caminhar durante 45minutos de manhã e outros tantos à noite para ir trabalhar nos dia de greve em que não há transportes públicos... Pois... Não tenho carro!
O trabalho em Faro durou o Verão, típico naquela zona, armas a bagagens e mandei-me para Lisboa, 6 meses, bota para o caminho de novo, Aveiro! E cá estou!
Ah é verdade posso dizer também que cheguei a trabalhar na Pizza Hut, não tenho vergonha nenhuma disso!
Vergonha para mim, é ver colegas, que ostentam materiais electrónicos bem caros com que filmam as manifs e carrinhos topo de gama em manifs, autoproclamando-se geração à rasca!
Como é óbvio não é toda a gente, mas basta haver dois ou três para que eu me sinta revoltada! E condeno as opções deles acharem que a solução para isto são essas manifs? Não! Mas do outro lado condenam a minha postura de vamos arregaçar as mangas e trabalhar! Condenam-me e acham-me ridícula por caminhar durante 1h30min para ir trabalhar em dias de greve! Se acha que não, posso lhe enviar os emails insultuosos que recebi na altura por fazer isso! Isso não é tolerância Rogério! Com todo o respeito que lhe tenho, isso não é tolerância!
Não sei o que é subsidio de Natal, não sei o que é subsidio de férias, tirei um chamado bom curso, até me sinto sortuda porque trabalho na minha área, mas bons contractos com o chamados direitos, não os tenho! Recibos verdes! Mas sabe, quando isto se começar a levantar, não vai ser graças aos que ficaram em casa por preferirem a ir trabalhar em situações precárias. O Rogério pode não conhecer casos desses, mas acredite que eu conheço.
A minha geração vive no mundo que as anteriores políticas do esbanja me deixaram! Vive no mundo em que era miúda e não percebia porque é que as pessoas se gabavam por o estado lhes pagar para ficar em casa. Vivo num mundo que não entendo! Não entendi porque pagaram para cortar as vinhas e os pomares sobre o pretexto de haver produto a mais no mercado... Produto a mais? Só se fosse o que vinha de fora! Mas pronto nestes campos reduzo-me à minha ignorância. Porque o que percebo fica na simplicidade da falta do entendimento que decorre do verificar que se paga para não se produzir.
Ou seja eu faço parte daquele grupo que não tem regalias para serem cortadas! Em último caso posso ficar sem trabalho... Mas sabe uma coisa, se isso acontecer, resta-me a minha família super unida, católica e convencional para me acolher e um campo enorme para me dedicar à agricultura, pelo menos fome de comida de afectos e valores não faltarão de certo!
E peço que não me interprete mal, por deixar a minha opinião, só deixei porque não em parece que o Rogério seja da mesma estirpe dos que se deram ao trabalho de me insultar na calada do anonimato, por preferir trabalhar a fazer greve.
Beijinhos*
Catarina,
EliminarOrgulho-me de ter, entre aqueles que aqui passam no blogue, uma pessoa do seu calibre!
Muito obrigado por me honrar com a sua presença aqui no blog!
Beijinho e boa semana!
Penso que a minha liberdade deverá ter como limite não prejudicar os outros e também por isso sou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo e acho que a adopção não deve depender da opção sexual, e sim, apenas de os adoptantes serem ou não capazes de amar, cuidar e criar uma família com o adoptado (profissionalmente já conheci muitos casos de familias ditas "normais" incapazes de cuidar e amar, sei de muitas crianças que estão em instituições e queriam ter uma família e parece-me importante não impedir uma criança de ter uma família pelos preconceitos da sociedade).
ResponderEliminarTambém, concordo consigo, Gabi!
EliminarApenas, manifestei a minha opinião pessoal sobre essa e outras matérias!
Beijinho
* "Casamento" entre pessoas do mesmo sexo = triângulo com 4 lados.
ResponderEliminar* Adopção não é entregar uma criança a uma família, mas sim arranjar pessoas próprias para uma criança. A criança é o principal (e não as parcerias artificialmente e marxialmente congeminadas para satisfazer uma minoria politicamente motivada).
* Grevistas = idiotas
* Cristianismo = ideologia mais perfeita que existe à face da Terra. Se houver melhor, por favor digam-se.
* Aborto = matança dum ser humano inocente.
* Geração "à rasca" = cambada de carneiros indoutrinados mimados e mal habituados à vida fácil que lhes foi prometida mas que - obviamente - nunca vai ser entregue.
* Esquerdismo = marxismo cultural / satanismo / sinisterismo / ditadura da minoria.
Ricardo,
ResponderEliminarVou roubar-lhe o blogue por uns momentos.
Para fazer uma vénia à Catarina.
A Catarina é do caraças!!!
Se tivessem todos essa mentalidade....