Eu, também, tenho direito a não fazer greve!!!

Sou contra os piquetes de greve, não sou contra o direito,constitucionalmente garantido, à greve!
Pergunto:
Se eu quero ir trabalhar porque razão me impedem o acesso ao meu posto de trabalho?
Querem fazer greve façam, mas respeitem quem não o quer fazer!
Estou farto das mesmas máscaras à frente dos sindicatos desde há décadas, sempre os mesmos a se aproveitarem de um bando de otários que pagam as suas quotizações sindicais, para que esses senhores e senhoras andem aí a falar em nome dos trabalhadores quando, muitos deles, nunca trabalharam na vida e andaram sempre encostados a partidos políticos.
Eu tenho direito a não fazer greve, porra!!!
Respeitem-me, por favor, é apenas o que peço, srs. grevistas!!!


P.S.- No meu emprego, a adesão à greve foi de...0%. Surpreendidos? Eu não, aqui a malta gosta de trabalhar!

Comentários

  1. O direito à greve é, sabemos, inalienável.
    Porém, ninguém pode ser impedido de trabalhar desde que de tal propósito avise a sua hierarquia.
    Os piquetes de greve são legais e deverá respeitar-se a sua função desde que não ultrapasse o limite.
    Ninguém pode impedir ninguém de trabalhar, de não aderir à greve.
    Tem que haver respeito. De parte a parte.

    Diga-me uma coisa, Ricardo: como compreender os 0% de adesão se de acordo com o que relata existiam piquetes cuja função era ... não trabalhar?

    Abraço

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    Respostas
    1. Começando pelo fim, António, respondo-lhe, com prazer, à sua pergunta. Trabalho num edifício de grande dimensão, onde funcionam vários departamentos governamentais, e à porta do mesmo encontrava-se o dito "piquete de greve" com o intuito de impedir quem queria trabalhar.

      Portanto, o que quis dizer foi que a adesão no meu departamento, constituído por um total de 143 pessoas, ninguém aderiu à greve, nem faziam parte de qualquer piquete, logo, o resultado foi de 0%.

      E com esta resposta à sua - pertinente - questão, dou por encerrado os pedidos de esclarecimento sobre esta matéria.

      Abraço

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  2. Da última vez que houve greve, tive de fazer 1h30min a pé para trabalhar, 45min de manhã e 45min à tarde, porque não houve transportes públicos. Há quem me chame parvinha por isso, ora, parvinha? Então mas chamar de parvinha quem se esforça para trabalhar e abrir o espaço de saúde pelo qual é responsável é ser parvinha?
    Hoje felizmente não tive de vir de comboio e a situação resolveu-se bem... Mas sei o que é isso das greves tornarem difícil a jornada de quem quer trabalhar.
    O direito à greve deve ser respeitado, mas também devem ser respeitados os que querem trabalhar.

    Beijo*

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  3. Como costumo dizer, as greves não servem para nada.
    No meu local de trabalho a adesão foi 0% também. Outros serviços houve que fizeram greve.
    beijinho

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  4. Ricardo,
    A minha mãe foi, durante muitos anos, chefe de uma estação de correios.
    Com os carteiros, formavam quase uma família.
    Nunca ninguém ali fez greve, nem tal coisa lhes passou pela cabeça.
    Quando havia greves, e esses senhores desses piquetes lá apareciam, tentando intimidar a minha mãe, lá do fundo da estação aparecia o Snr. Aníbal, um dos carteiros.
    Um homem sábio, que lia imenso, que tinha uma presença impressionante.
    Um James Earl Jones, posso dizê-lo.
    Até no tom de voz.
    Calmamente, com aquelas mãos enormes em cima do balcão, perguntava:
    "As criaturas desejam....??"
    Ficava um enorme silêncio na estação e a malta dispersava.

    Que fique bem claro - os nossos direitos acabam no preciso momento em que começam os direitos dos outros.
    Quem não perceber isto...

    Aquele abraço e bom fim-de-semana para si e família, Ricardo

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