Um Advogado ...como eu!!!

VII Congresso (2011)





Como sabem, ou talvez não, eu sou - embora tenha a inscrição suspensa, a meu pedido, na Ordem dos Advogados, por razões que se prendem com uma questão de incompatibilidades - Advogado de profissão.

Como sabem, ou talvez não, no passado fim de semana decorreu, na Figueira da Foz, o VII Congresso dos Advogados Portugueses.

Como sabem, ou talvez não, a Ministra da Justiça após o seu discurso, e por razões de agenda, abandonou os trabalhos do Congresso.

Como sabem, ou talvez não, o actual Bastonário da Ordem dos Advogados é conhecido por ser  truculento, vingativo e adorar teatralizar a realidade dos factos.

O que vos peço - se assim o entenderem e tiverem tempo para ler - é que leiam a comunicação ao Congresso por parte de um distinto e ilustre colega Advogado, do Conselho Distrital de Coimbra, que aqui irei identificar apenas pelo nome de Alcides.

Este texto foi proferido pelo ilustre colega Alcides, no dia de Sábado, e eu acompanho-o na integra:

São falsas, mentirosas, hipócritas, falaciosas, mesquinhas, demagogas, populistas, sem fundamento fáctico nem jurídico. UM ABORTO.

Satisfeito?

Cá pela zona de Coimbra, todos conhecem o seu feitio e de que material é feito. Apesar de viver à grande, à francesa e à inglesa, com um
salário que se auto-instituiu, mantém escritório aberto para chamar clientela (só a de fora, porque a da zona já sabe que é processo perdido).


Esse ser (não chamo de bicho para não ofender os bichos) vive de mal com tudo e todos desde que passou administrativamente na faculdade,
desde que chumbou na sua candidatura ao CEJ (logo na fase escrita...,pois nem sequer chegou à fase dos exames orais, quanto mais os psicológicos...), foi corrido da universidade de Aveiro por só receber o vil metal e não por lá os pés e só manda bitaites.


É uma vergonha para a Ordem dos Advogados: manchou para sempre uma instituição nobre e secular e como os medíocres só estão bem se
levarem com eles para a lama todos (incluindo os excelentes), passa a vida a conspurcar a honra e dignidade dos advogados, dos juízes, dos procuradores e de toda a gente. É o que se pode esperar de quem nada construiu e nada quer construir em benefício: só para destruir, injuriar, mal-dizer e meter-se em tudo o que não é chamado.


Sobre o que escrevi e disse, devo especificar o seguinte: Sou advogado na zona de Coimbra (não em Coimbra cidade) e frequentei os bancos da UC num
curso em que Marinho Pinto ainda andava a catar as disciplinas que podia pedir a aprovação e outras que seria obrigado a cursar. Na altura a sua fama já o precedia: charlatão, preguiçoso, boémio, provocador, violento. Foi por isso que ele foi preso e não por ser do MDE (Movimento Democrático Estudantil).


A vida de Marinho Pinto toda a gente de Coimbra a conhece. Porque a Coimbra nada deu. Fugiu a sete pés para a Madeira para a ANOP e depois
foi para Macau, sempre ligado ao jornalismo, tendo sido nesta altura (primórdios do CEJ), que foi também a altura em que eu terminei a minha licenciatura, que ele tentou entrar no CEJ. Não assisti aos exames que ele fez, mas soube-se que reprovou. Eu também tentei (em 1985), mas só fui a um exame porque não me sentia preparado para ir ao outro e por isso fiquei logo excluído. Aceitei na altura porque não tinha estudado suficiente -os exames eram de uma complexidade terrível. Não sei qual a complexidade actual, mas acredito que continuem rigorosos. Não se vai para juiz ou procurador com meia dúzia de palavras comuns.


Depois da vinda de Macau (como assessor do governo de Macau), já tinha toda a formação política que lhe garantiu um lugar cativo no Expresso
e daí conseguiu ser convidado pela Escola Superior de Educação de Coimbra e pela Universidade de Aveiro para leccionar umas disciplinas, todas elas relacionadas com o jornalismo, mas como andava sempre a saltitar e poucas aulas dava, foi um escândalo e em 2002 foi expulso da Universidade de Aveiro. Investiguem e verão a razão.


Mas, meus caros, desculpem-me desiludi-los mas não é por causa deste seu passado que ele tem ódio aos juízes. Não, a razão é outra, é cá na
zona toda a gente sabe porquê... É que em tempos ele teve uma paixoneta por uma juíza, de elegante porte, muito bonita (e também muito sabedora). Mas ela não esteve com meias medidas e mandou-o plantar batatas. A partir dessa altura, o dito ser fez um reboot e passou a odiar juízes e não só juízes como também advogados que respeitam e honram os juízes. Lamento desiludi-los, mas a culpa pelo ódio dele contra os juízes ... foi uma juíza que deve ter logo percebido a "boa rês"...


Quanto ao resto, uma boa investigação jornalística era precisa. Mas uns jornalistas têm medo dele (tem muitos tentáculos em muitos órgãos
de comunicação social) e outros idolatram-no (porque faz show-off).

São poucos os jornalistas isentos e mesmo aqueles que procuram saber alguma coisa esbarram na falta de resposta dele (caso de saber se
diminuiu ou não a sua remuneração em 10% no início do ano) e depois páram a investigação. É o que temos.


Resta-nos (a nós, advogados), vermo-nos livres deste vírus nas próximas eleições. Mas para isso os advogados que são contra este
mediatismo doentio e falso, têm que unir-se. Não podem dividir-se em vários candidatos. É a única maneira de derrotar esta corrente que começa a ter muitos adeptos dentro da OA.

12.Novembro.2011

Merece ser lido e, amigos, comentado se assim o entenderem.


P.S. :

As afirmações da Ministra da Justiça foram estas:

«Quero dizer aqui, nesta casa, olhos nos olhos, que a única excepção [ao diálogo] que devo registar tem sido a do senhor bastonário da Ordem dos Advogados, que não hesitou em introduzir no seu discurso o ataque pessoal como forma de endurecer o ataque ao Ministério da Justiça e, na minha pessoa, a todo o Governo», disse Paula Teixeira da Cruz, que falava na sessão de abertura do VII Congresso dos Advogados Portugueses, na Figueira da Foz
.
Dirigindo-se a Marinho Pinto, a ministra frisou que o bastonário da OA «tem todo o direito de discordar da ministra da Justiça e da política do Governo de, no concreto, divergir e de entender que os projectos que o Ministério da Justiça tem não são os seus». «Mas devo igualmente dizer a vossa excelência, com igual frontalidade, que a mentira e a ofensa não são o caminho para a resolução de graves problemas que temos de enfrentar», disse Paula Teixeira da Cruz, aplaudida pelo Congresso.

Segundo a ministra «a desconsideração e o ataque sustentado em factos pessoais, aliás nem sequer verdadeiros, não são toleráveis na luta política institucional». «Essa forma de agir é censurável e ofende os princípios éticos da nossa democracia que vossa excelência tantas vezes gosta, senhor bastonário, de invocar», afirmou Paula Teixeira da Cruz.

Num discurso que se prolongou por 40 minutos, a ministra da Justiça sustentou que a tutela «tem sabido manter e criar mecanismos de diálogo, independentemente da diversidade de opiniões, com todas as instituições», sendo o Bastonário da OA a «única excepção».

Paula Teixeira da Cruz falou antes de Marinho Pinto - como é tradição na Ordem dos Advogados, regra apenas alterada em relação ao Presidente da República - e abandonou quase de imediato o auditório do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.

No exterior da sala, em declarações aos jornalistas, recusou ter-se deslocado ao Congresso para por os «pontos nos is».«Sou uma pessoa frontal, com convicções, não vim cá por os pontos nos is. Vim perante os meus colegas [a ministra é advogada, mas com inscrição suspensa], pedir a cooperação da ordem que é, de facto, essencial», disse.

Recusou, igualmente, que o discurso tenha constituído um momento de ruptura entre a ministra da Justiça e o Bastonária da Ordem dos Advogados.«Ao contrário, aquilo a que assistiu como terá visto pela reacção dos meus colegas [os advogados na sala, por mais do que uma vez, aplaudiram a intervenção], foi uma reacção de adesão às propostas do ministério da Justiça. E, portanto, não há aqui ruptura nenhuma», afirmou.




Mas

Comentários

  1. Caro confrade Ricardo!
    Já me habituei a chamá-lo de Ricardo e tratá-lo por você, quando o correto seria utilizar o Dr. antes do seu nome e tratá-lo por Vossa Senhoria...
    Peço-lhe minhas escusas pela incivilidade, mas justifico esta forma de me referir a você, porque no seu imperdível espaço cibernético você demonstra ser uma pessoa muito cautelosa, culta, de fino trato e um cidadão atuante, além de um pai e marido exemplar, que nos dá a impressão que conhecemos a muito tempo!!!!
    Com relação ao constrangedor fato que nos narrou, lamento saber que entre os asseclas da deusa da Justiça e da Sabedoria, infelizmente, existem também estes que maculam o seu importantíssimo ofício, que tem como escopo fazer com que as Leis sejam cumpridas, bem como representar os cidadãos que precisam ter seus direitos Constitucionais reconhecidos!!!!
    Em todas os ofícios existem aqueles que desejam ser os maiorais, mas infelizmente tendo como premissa a falta de ética...
    Lembre-se sempre, você está entre aqueles que dignificam o seu nobilíssimo ofício!!!
    Que a deusa da Justiça e da Sabedoria o tenha como pupilo sempre!
    Caloroso abraço! Saudações jurídicas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  2. Caro Professor João Paulo Oliveira,

    trate-me, apenas, por Ricardo é esse o meu nome e que eu tenha conhecimento, entre amigos, não existem títulos profissionais ou outros quaisquer.

    Abraço e boa semana!

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  3. Vim até aqui seguindo um seu comentário no blogue Devaneios a Oriente. Normalmente procuro falar quando é para dizer bem e tento ficar calada quando é para dizer mal (tento só, às vezes não consigo). Gostei de ouvir a nossa Ministra da Justiça e não gostei de ouvir o Sr. Bastonário e gostei de ler este post.
    Gabriela

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  4. Não sabia que este cromo tinha passado aqui por Macau.
    Realmente passou por aqui cada coisa....
    Cose é fácil perceber, não é só a ministra que não gosta do espalhafato que ele faz.
    Aquele abraço

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  5. Cara Gabriela,

    é sempre benvinda a este humilde canto, e manifeste-se sempre que entender.

    Quanto ao post em si, nada mais há a acrescentar, e devo dizer-lhe que não fiquei surpreendido com o que o Ilustre Advogado Alcides do CD de Coimbra afirmou.

    Boa semana para si!

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  6. Amigo Pedro,

    ele também passou pela ...Madeira, será que o tipo tem "fetiche" por locais exóticos? :DDD

    Aquele abraço.

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