Algumas verdades inconvenientes...

Portugal é, por estes dias, um País em transformação (social, politica, económica, financeira) que se quer, também, de mentalidades.

Como, ontem, aqui escrevi o dinheiro nem cresce nas árvores, nem cai do céu, como tal, é preciso arranjá-lo recorrendo aos empréstimos ou tratando de pôr a economia a crescer, aliás, é por esta última via que o países se engrandecem e enriquecem, a via do empréstimo é sempre aborrecida por termos que pagar...juros.

Acho extraordinário que aqueles que, ainda nem há um mês, foram Governo continuem a querer iludir os portugueses sobre a gravidade da situação em que deixaram mergulhado o nosso País, dizendo, entre outras barbaridades, que Portugal se encontra, financeiramente falando, bem e que se recomenda. Ora, por estes dias, e após o anúncio do 1º Ministro da criação de um imposto suplementar, por alturas do Natal, aqueles que ainda acreditam no Pai Natal ficaram muito preocupados dizendo: E agora? E as prendas?, ao invés, deviam dizer: E agora, a poupança?

Todos nós sabemos que o Natal (pagão) é, essencialmente, muito vivido pelas crianças, e quem as tem, como eu, sabe que uma enxurrada de prendas, por essas alturas, não é sinónimo de felicidade ou alegria, bem pelo contrário, por vezes é sinónimo, isso sim, de guerrilha entre irmãos. As minhas filhas preferem ter uma só prenda para brincarem e o resto em ... numerário, porque sabem que "tendo o dinheiro no Banco", quando precisarem de alguma coisa que, realmente, necessitem ele estará lá). 

Vimos (eu e a minha cara-metade)de famílias que sabem o quanto custa ganhar dinheiro e, como tal, invariavelmente quer o meu pai, quer o meu sogro, nos aniversários e Natal das petizes, recheiam, financeiramente, as contas das netas, as avós dão os ...mimos, isto é, uma qualquer boneca, de supermercado ou loja de brinquedos, ou um puzzle, enfim...não é preciso muito para colocar um sorriso na cara de uma criança.

Eu (nós) gosto(amos) de poupar, ao invés, da maioria dos portugueses que gostam de ...estoirar, chamem-me (nos) forreta, Tio Patinhas, formiga, bota-de-elástico, e mais alguns nomes que eu não me importo. Não tenho Iphone4 (nem 3,2,1), tenho um Nokia E71 que adquiri com pontos da TMN, não tenho uma PlayStation, não tenho Ipod, mas também não compro roupa, sapatos, carros, viagens a crédito, a crédito tenho a casa onde vivo e ...sou feliz assim.