Qué frôr?
Nos meus tempos de estudante na capital, não não é essa que estão a pensar, essa escreve-se com K, mas, dizia eu, na última década do século XX, ali para a zona das Docas haviam sempre uns paquistaneses/indianos, a que vulgarmente os lisboetas chamavam de monhés, que nos tentavam vender flores (de qualidade duvidosa) para oferecer à namorada/mulher ou, em último e desesperado caso, a nós próprios.
A frase era sacramental para um puto de 18/19 anos (como eu naquela altura) se urinar a rir:
Qué frôr?
Qué frôr?
E eu que não percebia o que o dito senhor tinha acabado de falar, perguntava:
O quê?
O quê?
Lá o homem de tez escura voltava a perguntar:
Qué frôr?
Qué frôr?
E lá eu respondia:
Ah, se quero flores!
Não, obrigado, não quero!
Mas eles lá insistiam na sua lenga-lenga do:
Qué frôr?
Não, obrigado, não quero!
Mas eles lá insistiam na sua lenga-lenga do:
Qué frôr?
E eu por piedade ou por estar "fartinho da Silva" daquela perseguição lá anuía a comprar uma "frôr".
Passados 20 anos, olho para a televisão e vejo que os ditos paquistaneses/indianos, a que vulgarmente os lisboetas apelidam de monhés, estão noutra área de negócio, isto é, na politica, são uma especie de animadores de campanha eleitoral do Partido Socialista, seja no Algarve ou no Minho é vê-los a agitarem bandeiras do PS e a fazerem número, como algumas crianças fizeram há uns anos no âmbito do Magalhães.
Interrogo-me:
Será que eles perguntam "Qué voto?Qué voto?"?
Voto esse no PS, claro está ou então em quem der mais para os ter!
Post Scriptum:
Post Scriptum:
Por muito que os "qué frôr?" me massacrem, desta vez, nem por piedade ou por cansaço voto no partido do Engenheiro da Bancarrota!
E faz Vossa Excelência muito bem.
ResponderEliminarEra só o que faltava vender-se por um prato de lentilhas :-)
Fui!!!!
Nem mais, Mademoiselle Tité!
ResponderEliminarA minha Excelência não tem preço!
Também vou andando!!!! :DDD
Eheheheheh!
ResponderEliminarIhihihihihih!
Que linda resposta querido amigo.
Inté... amanhã, presumo.
Ciaaaaaao!
...e fazes muito bem, Ricardo!
ResponderEliminarEsse não é frôr que se cheire...
PS. Nem me dás tempo a acompanhar-te!
Beijinho
Janita
Ricardo,
ResponderEliminarEm Macau, é hábito as listas concorrentes às legislativas pagarem umas refeições aos eleitores.
O que tem dado origem a grandes broncas.
Parece que exportaram essa moda para Portugal :)
Pedro,
ResponderEliminareu acho que nisso fomos pioneiros ou nós ou os italianos ou, ainda, os gregos!
Abraço