Porque também sou humano...

...é verdade, sou humano, por vezes, "salta-me a tampa", também tenho os meus dias maus (uns por culpa própria outros não), às vezes, não suporto birras, queixinhas, lamurias, segredinhos, discussões sobre quem tem mais pulseiras de plástico (que parece ser o sucesso do momento nas escolas primárias), quero isto, quero aquilo, não vou por aí, vou antes por aqui, entre muitas outras coisas.

Sou (omos) o tipo de pai(s) que tenta não "castrar" a liberdade das minhas (nossas) filhas, mas essa liberdade tem...limites. 

Qual é? Ai está uma boa pergunta!!!

A resposta, pelo menos a minha, é quando nos deixamos de respeitar uns aos outros e acabamos por ...magoar alguém.

Exemplo:

Sábado, manhã solarenga, aniversário da mãe, a alvorada e alvoroço começam pelas 7.30 hrs da matina, os diálogos são, mais ou menos, estes:

Pai: Porque é que te levantas-te a esta hora?

Filha: Porque tinha "comichão" neste braço!!!

Pai (possuído por um calor interior): Então coça e acabou a história, volta JÁ para a cama, antes que as tuas irmãs acordem.

Passados 15 minutos...

Ouve o pai e a mãe, que entretanto acordara, a porta do armário das duas filhas mais velhas a abrir...

O pai, sai da cama, entra no quarto das ditas filhas, e pergunta:

Eu não disse para te deitares?

Filhas (em coro): Mas, nós queremos ...brincar!

Pai: Hoje é o dia de anos da mamã e vocês nem a deixam descansar em paz!!!

Entretanto, acorda a mais nova...e com tal acontecimento acaba o sossego em casa!!!

A família sai para almoçar num restaurante (um dos preferidos da mãe), tudo bem com as mais velhas, até que a mais nova resolve fazer uma monumental birra após ter (ela) almoçado! 

O pai com o corpo, de novo, em chama levanta-se, pega na filha ao colo e dirige-se para o seu carro. 

Pelo caminho pergunta à petiz: 
Isso são maneiras de te comportares no almoço de aniversário da mamã?

Ela responde com choro e mais...choro!!!

O pai vai ao baú das recordações de infância e dentro do automóvel, prega com duas palmadas no rabo da petiz, tal e qual sua mãe fizera consigo há trinta e tal anos atrás.

De regresso ao restaurante e após o correctivo (corporal e moral)...a petiz (3 anos) comporta-se lindamente!!!

A mãe pergunta:
Que lhe fizeste?

O pai responde:
O que tinha que ser feito, duas palmadas no rabo e ...sermão!!!

No final do dia, pouco antes do jantar, a filha que havia sido corrigida dirige-se ao pai, na sala, senta-se ao colo deste, "prega-lhe" com ...dois beijos, e diz:
Desculpa, papá!

O pai, incrédulo, pergunta-lhe:
Desculpa de quê?

A resposta é pronta e certeira:
Por ter portado mal e estragado o almoço à mamã, ao papá e às manas!

O pai responde:
O papá ficou triste, todos ficamos, e tu estragaste o almoço de aniversário da mamã!

A petiz retorquiu da seguinte maneira:
Eu sei, não faz mais, já pedi desculpa tá bem!?!?!

O pai sorri e ela ataca:
Dás-me um ovo de chocolate?

O pai responde:
Não abuses da tua sorte, ovos de chocolate só...depois do jantar!!!

O pai, está bom de ver, sou eu, a menina do correctivo a Constança!!!

Comentários

  1. Mas é claro que o papá da história és tu Ricardo! Só não sabia que a Constança era a mais pequenina.
    Quando comecei a ler pensei: Ai, que o Ricardo está a ficar velhote e a perder a paciência com as meninas!
    Mas, de facto, uma palmadinha no rabiote na hora certa, faz milagres.
    Parabéns papá, não pela palmada, obviamente, mas pela riqueza de seres pai de três meninas lindas, ternas e bem educadas.
    Beijinho
    Janita

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  2. Meu amigo, levei muitas palmadas, acho que nem todas merecia,,também dei (poucas)aos meus filhos que não lhes fizeram mal nenhum ;)
    Não é fácil ser pai ou mãe, mas temos que lhes mostrar quem manda e eles têm que saber obedecer.

    Beijinhos

    ResponderEliminar

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