Como nós...
“Não era um cão como os outros. Era um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós.”
“Alguém falou da tristeza e do vazio do olhar dos animais. Vi a tristeza, em certos momentos, no olhar do cão. A tristeza de quem quer chegar à palavra e não consegue. Mas não vi o vazio. O vazio está talvez nos nossos olhos. Quando por vezes nos perdemos dentro de nós mesmos. Ou quando buscamos um sentido e não achamos.O cão sabia o sentido, o seu sentido. E nunca se perdia.”
(Excertos do livro “Cão Como Nós” de Manuel Alegre)
A idade não perdoa, mas o amor leva-nos a sentir um misto de emoções entre o lutar pela vida ou o deixar partir alguém ou algo que sabemos que mesmo em vida já nos faz muita, imensa, falta!
Como eu queria estar longe d´um filme que me dilacera o coração e me deixa sem respostas perante as interrogações das minhas filhas, este disfarçar que "está tudo bem" quando, mesmo elas, pressentem que algo de mal está a acontecer.
Fomos almoçar a casa e "sentimos" a casa vazia, a nossa empregada com "cara de velório", não somos apanhados pela correria doida da Doris na sua ânsia de demonstrar o seu afecto por nós, demonstração essa que já foi feita à exaustão (milhares de vezes) vezes sem conta. Custa-me só ...imaginar!!!
Sinto-me um zombie, um ser que deambula pelas ruas, com uma pressão imensa sobre a cabeça, logo esta semana em que a Catarina tem fichas de avaliação (de Português (hoje) e Matemática (amanhã)) e também amanhã tem audição de Piano no Conservatório.
Estou triste e...sem muitas palavras para (d)escrever o que me vai na alma! :(((
Força para estes dias difíceis.. Sei como é difícil perdermos um ser com quem partilhámos parte da nossa vida.
ResponderEliminarÂngela,
ResponderEliminarfelizmente não perdemos a Doris, teve uma gastrite daí a sua prostração e constante vómito!
Obrigado pela sua preocupação!
Beijinho
Que bom!! :)
ResponderEliminarFico feliz em saber!